Escrito por Fúlvio Costa
no dia 24 de Fevereiro de 2012 13:10
Honduras
é a mais pobre das 7 nações da América Central, e a situação é muito
grave particularmente devido à violência contra menores. Com população
de mais de 8 milhões de habitantes, o país registra um índice de
homicídios de 82,1 em 100 mil. 80% da população é pobre ou muito pobre;
cerca de 20% pertence à classe médio-baixa e as pessoas ricas são muito
poucas, mas administram a economia e os negócios do país. 51%, ou seja,
metade de toda a população hondurenha, são crianças, e a cada dia pelo
menos uma delas é assassinada. Em poucos anos, 7.300 jovens foram
assassinados: mortos a tiros por policiais, militares, membros da
segurança, narcotraficantes, em confrontos com bandos criminosos, por
franco-atiradores ou pelo crime organizado.
Segundo dados difundidos pela Casa Aliança, organização internacional não-governamental que assiste meninos e meninas com dificuldades, diariamente são assassinadas 3 pessoas com menos de 22 anos. Adolescentes de 14 anos, recrutados pelos Maras (bandos organizados) ficam tão aterrorizados que quando conseguem fugir se suicidam. Há grande pobreza, falta instrução, meio milhão de crianças não é escolarizada, algumas, com 6 ou 7 anos, trabalham todos os dias apesar da lei proibir o trabalho antes dos 14 anos e impor uma carga horária inferior a 6 horas em empregos sem riscos.
Cerca 20 mil meninas hondurenhas de 8 a 18 anos são empregadas domésticas e sofrem violências físicas e morais; 300 mil crianças trabalham em minas, plantações de café, cana de açúcar ou na pesca. 150 mil crianças de 6 a 14 anos trabalham em atividades de alto risco com funções de adultos. A cada ano 100 mil hondurenhos emigram para os Estados Unidos: destes, 8 mil são crianças que são violentadas, vendidas, obrigadas a prostituir-se e são afastadas de suas famílias. A cada ano, de 80 mil a 100 mil hondurenhos, incluindo crianças, viajam clandestinamente aos Estados Unidos. Muitos morrem durante o trajeto.
Uma das numerosas realidades organizadas que trabalham para enfrentar a emergência é a Casa Alianza, ONG internacional que atua em Honduras desde 1978 para assistir meninos e meninas em condições difíceis. O instituto fica aberto 24h por dia para ajudar os menores em risco social, sem casa, alimentos e sem possibilidade de estudar. Em alguns períodos, o instituto abriga à noite até 180 crianças, algumas delas chegam com armas nas mãos.
Graças ao programa de assistência denominado "Querubines", vivem e dormem na Casa 25 meninas salvas da escravidão sexual, que ali chegaram fisicamente mutiladas. Outras vão à Casa Aliança para dar à luz, pois ninguém as assiste. De 30 a 40 % dos partos no país são de meninas de 12 a 14 anos. Registram-se 3 abortos por dia em meninas de 12 a 16 anos. Uma das iniciativas do centro é um programa de reintegração familiar graças ao qual anualmente de 120 a 150 crianças retornam a suas casas. Muitas não podem voltar por causa dos abusos. O centro as nutre e veste, dando-lhes a possibilidade de frequentar a escola, além de fornecer uma unidade terapêutica para libertá-las da dependência de drogas.
Com Rádio Vaticano
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Escrito por Fúlvio Costa
24 de Fevereiro de 2012 07:26
Os
superiores maiores Carmelitas no Oriente Médio se reuniram no Egito.
Durante o encontro foram definidas algumas propostas, tais como o
Documento definitivo geral de Ariccia, aspectos específicos da realidade
do Carmelo teresiano no Oriente Médio e algumas propostas para o 5º
Centenário do nascimento de Santa Teresa de Jesus, que será celebrado em
2015, como a tradução das obras completas de Santa Teresa de Jesus para
o árabe.
Realizada em janeiro, no Cairo, a reunião teve a participação do padre Patricio Sciadini, delegado geral do Egito; o padre Makhoul Fahra, provincial do Líbano; e o padre Milton Moulthon, delegado geral de Israel.
Depois de apresentar algumas realidades concretas e problemáticas vivenciadas pelo Carmelo teresiano nesta região que engloba várias culturas e religiões, os superiores abordaram em primeiro lugar a situação dos candidatos a carmelitas descalços e a necessidade de prestar atenção aos processos de formação inicial, o acompanhamento vocacional e a formação acadêmica e cultural dos candidatos. Sobre as iniciativas e propostas para a celebração do 5º Centenário do nascimento de Santa Teresa de Jesus, levantou-se a possibilidade de planejar colóquios e congressos no Centro Carmelita de Espiritualidade do Líbano.
Santa Teresinha é a padroeira das missões
fonte: www.pom.org.br