FORMAÇÃO

PONTIFÍCIAS OBRAS MISSIONÁRIAS    

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) têm o objetivo geral de:

• despertar e aprofundar a consciência missionária do Povo de Deus;
• conscientizar os cristãos sobre a vida e necessidades da Missão universal;
• estimular as Igrejas a rezarem umas pelas outras e serem solidárias na evangelização do mundo. O Concílio Vaticano II deu a elas um lugar central na cooperação missionária, "uma vez que são meios quer para dar aos católicos um sentido verdadeiramente universal e missionário logo desde a infância, quer para promover coletas eficazes de subsídios para o bem de todas Missões segundo as necessidades de cada uma" (AG 38).
As POM constituem, em cada país, a instituição principal e específica para a educação a um espírito universal e missionário, e para a comunhão e colaboração entre as Igrejas, a serviço do anúncio do Evangelho, em quatro ramos específicos:
Pontifícia Obra da Propagação da Fé;
Pontifícia Obra da Infância Missionária;
Pontifícia Obra de São Pedro Apóstolo;
Pontifícia União Missionária.
           As três primeiras obras nasceram na França e, para se tornarem universais, foram declaradas Pontifícias (isto é, do Papa e, por isso mesmo, de toda a Igreja), em 3 de maio de 1922, pelo Papa Pio XI. Elas convidam o Povo de Deus a expressar seu testemunho missionário por meio de cooperação espiritual, engajamento pessoal e ofertas materiais para a evangelização, criando fundos de solidariedade para sustentar programas de evangelização em todo o mundo.
                A quarta obra nasceu na Itália, e foi declarada Pontifícia em 1956, pelo Papa Pio XII. Ela tem a finalidade de animação e formação missionárias dos sacerdotes, religiosos e religiosas, seminaristas e agentes de pastoral, que, por sua vez, animarão e formarão os outros cristãos para a vivência da sua vocação missionária.  


OBRA DA PROPAGAÇÃO DA FÉ (1822)
      
Fundada por Paulina Jaricot (1799-1862), leiga, em Lyon (França).A jovem Maria Paulina Jaricot formou em 1819 uma associação com um grupo de jovens operárias, no intuito de colaborarem com os missionários em terras de Missão, resultando na fundação da Obra da Propagação da Fé, em 03 de maio de 1822, em Lyon (França). Tudo começou com uma campanha de orações, ampliada para a colaboração material e a constituição de um fundo de ajuda à Missão, ao lado da devida formação acerca do compromisso missionário de cada cristão.
A Propagação da Fé, com o apoio dos papas, difundiu-se inicialmente nas dioceses da França, depois em outros países da Europa e também na América. Hoje se encontra presente em cerca de 130 países. A obra mantém sua atividade durante todo o ano, intensificando-a na Campanha Missionária anual do mês de outubro, que tem como ponto alto o Dia Mundial das Missões, no penúltimo domingo do mês.   
Objetivos   
• Manter vivo o compromisso para com a evangelização universal em todos os setores do Povo de Deus: famílias, movimentos, associações, seminários, comunidades eclesiais de base, paróquias e dioceses, para que todos os cristãos tomem consciência de sua vocação missionária.
• Suscitar e formar vocações missionárias.
• Promover um intercâmbio de informações e testemunhos, a fim de estabelecer laços fraternos entre as Igrejas, despertando a solidariedade e a comunhão entre todos os cristãos.
• Estimular nas Igrejas locais a cooperação espiritual, material e pessoal, com o envio de evangelizadores para o mundo inteiro.        


OBRA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA MISSIONÁRIA (1843)    


Fundada por Dom Carlos Forbin-Janson (1785-1844), bispo, em Paris (França). As notícias vindas dos missionários do Oriente, de modo especial da China, sobre a dura realidade das crianças (mortalidade, abandono...) sensibilizou o coração de Dom Carlos Augusto Maria José de Forbin Janson, Bispo de Nancy e de Toul, Primaz de Lorena (França), despertando-lhe o desejo de aliviar os sofrimentos e salvar a vida de tantos inocentes. Teve então a idéia de convocar as próprias crianças para enfrentar o desafio – “Crianças ajudam e evangelizam crianças” - fundando a Obra da Santa Infância, hoje Infância e Adolescência Missionária, no dia 19 de maio de 1843, em Paris (França).
A obra difundiu-se imediatamente nas dioceses da França, e em outros países da Europa e da América. Em 1844, quando Dom Carlos morreu, a Infância e Adolescência Missionária já estava organizada em 65 dioceses. No Brasil, ela chegou por meio de missionários franceses, em 1858. A partir de 1993, nas comemorações dos 150 anos da fundação, a sua “chama ainda fumegante” readquiriu novo ardor, como “fruto novo do coração da Igreja”.    
Objetivos  
• Suscitar e promover o espírito missionário universal entre as crianças e adolescentes.
• Promover a cooperação espiritual por meio da oração, sacrifício e testemunho de vida.
• Despertar e fortalecer as vocações missionárias, anunciando Jesus Cristo aos que ainda não o conhecem...
• Incentivar pais, educadores, catequistas... A promoverem o protagonismo das crianças e adolescentes na evangelização e solidariedade universais.
• Cooperar materialmente com ofertas, fruto de renúncias, para ajudar as crianças necessitadas dos cinco Continentes.   


OBRA DE SÃO PEDRO APÓSTOLO (1889)
  
Fundada por Joana Bigard (1859-1934), leiga, em Caen (França) Estefânia e Joana Bigard, mãe e filha, são as fundadoras da Obra de São Pedro Apóstolo. No entanto, foi Joana a principal protagonista desta obra, iniciada a partir de 1º de junho de 1889, e aprovada oficialmente em 12 de julho de 1895, com uma bênção do Papa Leão XIII. Quando foi reconhecida a liberdade religiosa no Japão, o Bispo de Nagasaki, Dom Cousin, reúne a comunidade cristã e organiza um pequeno seminário, com a capacidade para 50 pessoas. No dia da inauguração aparecem mais candidatos. Escreve então uma carta a Joana, pedindo-lhe ajuda para ampliar a casa de formação e manter os seminaristas. Joana vê nessa carta umchamado de Deus. Começam, mãe e filha, a pedir, de casa em casa e entre conhecidos e amigos, ajudas com esta finalidade. Desenvolve-se dessa forma a Obra de São Pedro Apóstolo e, a partir do seminário de Nagasaki, a experiência abre-se à dimensão universal, estendendo a ajuda a todos os seminários em terras de Missão, contribuindo, em grande parte, para a promoção do clero local, no mundo inteiro.   
Objetivos  
• Sensibilizar o povo cristão para a importância da formação do clero local nas Igrejas missionárias e convidá-lo a colaborar, por meio de ajuda espiritual e material, na formação dos seminaristas, e na construção e o desenvolvimento de seminários diocesanos menores e maiores.
• Conscientizar o Povo de Deus a respeito da necessidade de que todas as comunidades eclesiais tenham lideranças bem formadas.   

UNIÃO MISSIONÁRIA (1916)
   
Fundada pelo Bem-Aventurado Paulo Manna (1872-1952), padre, em Milão (Itália). O Bem-Aventurado Pe. Paulo Manna (PIME), percebendo a pouca consciência missionária por parte do clero, fundou a União Missionária, a fim de despertar os padres para a Missão Além-Fronteiras, a partir da vocação missionária de cada batizado. A obra foi aprovada em 31 de outubro de 1916, pelo Papa Bento XV. Em todo este processo de maturação, foi providencial a colaboração de Dom Guido Maria Conforti, Bispo de Parma (Itália), fundador dos missionários xaverianos. A União Missionária visava inicialmente só os padres, mas o Papa Pio XII a ampliou para religiosos e religiosas, de vida ativa e contemplativa, e também para aqueles que, de uma forma ou de outra, participam na animação e formação missionárias das comunidades cristãs. O Papa Paulo VI disse que ela é “a alma das demais obras missionárias pontifícias”. O Pe. Paulo Manna foi beatificado pelo Papa João Paulo II, em 04 de novembro de 2001. O seu primeiro biógrafo justamente o definiu “uma alma de fogo”. O seu lema foi sempre: “Toda a Igreja, para todo o mundo!”.   
Objetivo 
• Promover a animação, formação e informação missionária para os sacerdotes, religiosos e religiosas, candidatos ao sacerdócio e à vida religiosa, como também para as demais pessoas empenhadas no ministério pastoral da Igreja, servindo-se de meios próprios e da colaboração de instituições e iniciativas já existentes que tenham como finalidade a formação inicial e permanente de todo o Povo de Deus.

 Fonte: garotadamissionaria.blogspot.com
PADROEIRO DAS MISSÕES  

O Papa Pio XI proclamou São Francisco Xavier, juntamente com Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeiro universal das missões. Ambos se diferenciam em não poucos aspectos. São de séculos diferentes: Xavier do século 16, Teresinha do século 20. Xavier morreu com 46 anos de idade e Teresinha com apenas 24. Xavier palmilhou distâncias, que perfariam várias voltas ao redor do Globo terrestre, Teresinha não saiu detrás das grades do Carmelo do Lisieux. Xavier pregava a palavra de Deus, Teresinha a meditava com eficácia dentro do Corpo Místico de Cristo. Mas ambos tiveram um instinto irresistível para a oração. Pois ela é uma atração constante de Deus, que nos impulsiona para a ação redentora. Ação sem oração é machadada no ar. Oração que não transborda para a ação apostólica é palavreado vazio. Se Francisco Xavier, o "gigante" do oriente, e Terezinha, a "criança" de Lisieux, são igualmente padroeiros universais das missões, isso demonstra que os dois foram grandesmissionários.
          A união com Cristo é básica. Todos os cristãos podem ser missionários, tanto os paralíticos, quanto os evangelizadores que voam com aviões supersônicos. Importante é tudo fazer para viver e seguir o Cristo, comprometendo-se com sua missão. Até as palavras são dispensadas. É isso mesmo: Xavier cativava com sua simples presença, e Terezinha atraía e convertiaembora ficasse escondida do mundo.
AS CORES MISSIONÁRIAS

Continente significa cada uma das grandes divisões da Terra. E estas divisões tornam-se conhecidas por um nome: Ásia, África, Europa, América, Oceania.No contexto missionário, cada um deles receberam uma cor que os representam:
• A cor verde recorda a África, com suas florestas e também a esperança do crescimento da Fécristã, graças também aos missionários que lá se encontram.
• A cor vermelha lembra as Américas, por causa da cor da pele dos primeiros habitantes, os índios, (“os peles-vermelhas”, como foram chamados na América do Norte) e também o sangue dos mártires, derramado por estes povos na época da conquista destas terras pêlos europeus e nos nossos dias. Mártires de ontem e de hoje.
• A cor branca representa a Europa, terra da raça branca. É também o continente que tem a presença do Papa, o grande mensageiro e missionário da paz.
• A cor azul lembra a Oceania, continente formado por muitas ilhas e necessitado de missionários, mas que já envia seus missionários para outras terras, inclusive para o Brasil. É também o continente da ecologia, ou seja, o que mais luta pela preservação da natureza.
• A cor amarela representa a Ásia, continente da raça amarela, berço das antigas civilizações, culturas e religiões. Lá se encontra quase metade da população do planeta e a menor porcentagem de cristãos. Vivem os extremos da riqueza e da pobreza.
COMO SURGIRAM A CORES DOS CONTINENTES? 

O bispo Fulton Sheen, quando era diretor das POM dos Estados Unidos, teve a ideia do Rosário Missionário. O rosário é formado por cinco dezenas, que são rezadas meditando-se em quatro "mistérios" da vida cristã. Cinco também são os continentes do mundo. Ele escolheu uma cor para cada continente que, de alguma forma, recorda suas características. A cor representa cada povo e cada cultura. O Rosário Missionário, além da devoção a Maria, mãe de Jesus, tem como objetivo unir pela oração todos os filhos de Deus presentes no mundo inteiro. Por isto a contemplação de cada mistério traz uma reflexão sobre cada continente. "A oração deve acompanhar os passos dos missionários, para que o anúncio da palavra se torne eficaz, pela graça divina." A oração do rosário é simples e fácil de se rezar e poderia ser assumida por todos da IAM.
          Como sabemos, nós que fazemos parte desta Obra temos algo que nos identifica: é a nossa saudação. Entrelaçamos nossas mãos em sintonia com todas as crianças do mundo. Cada dedo representa um
continente e assim nos saudamos: "De todas as crianças do mundo, sempre amigos!" Esta saudação tem o objetivo de nos integrar na Missão universal. Assim como o tema: "Crianças ajudam e evangelizam
crianças. " É para nos lembrar do compromisso com a Missão universal.