Na
primeira sentença de investigação que deve se estender até 2016, o
Tribunal Permanente dos Povos (TPP) concluiu que cinco empresas
mineradoras do Canadá e o governo canadense são responsáveis pela
violação de direitos humanos em várias localidades da América Latina.
O TPP,
organização independente fundada na Itália, afirma que o Município de
Ottawa (capital do Canadá) e as empresas Barrick Gold, Goldcorp,
Excellon Resources, Blackfire Exploration e Tahoe Resources são culpados
por violarem direitos trabalhistas, destruírem o meio ambiente,
privarem a população indígena do direito à autodeterminação, penalizarem
a dissidência e cometerem assassinatos seletivos.
O
secretário-geral do Tribunal, o epidemiólogo e sanitarista italiano
Gianni Tognoni, doutor em Filosofia e em Medicina, foi um dos oito
juízes que tomaram a decisão. Em entrevista à agência de notícias IPS,
ele destaca como as decisões do TPP têm repercutido no debate
internacional. "A batalha pela justiça internacional é absolutamente
idêntica à batalha pela democracia interna”, observa Tognoni. "O que se
podia fazer está se fazendo, com o fim de integrar o tribunal a outras
forças. Para formular as denúncias em termos de solidez jurídica”,
acrescentou.