26 de dezembro de 2011

FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO IAJM

No Dia 25 de Dezembro a IAM e JM  fez sua festa de confraternização onde lembramos na oração o verdadeiro sentido do Natal em que através do Sim de Maria nasceu o nosso Salvador Jesus Cristo,foi um momento onde nos encontramos para celebrar esta grande festa. 

21 de dezembro de 2011

Bento XVI: "Recuperar no Natal o prazer da oração"


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Bento XVI recebeu na manhã do dia 16 de dezembro, na Sala Clementina, uma delegação ucraniana composta por 500 pessoas que vieram ao Vaticano para entregar a árvore de natal que decorará a Praça S. Pedro neste Natal 2011.
Ao saudar a delegação, o Papa falou deste significativo símbolo natalino, já que a árvore, com seus ramos. evoca o perdurar da vida.
A árvore e o presépio são elementos da atmosfera típica do Natal, atmosfera de religiosidade e intimidade familiar que, segundo o Papa, devemos preservar nas nossas sociedades, onde muitas vezes parece prevalecer o consumismo e a busca de bens materiais.
         Neste tempo de Advento, recordou o pontífice, a Igreja nos convida a preparar-nos ao Nascimento do Salvador, intensificando o caminho espiritual e a relação com Cristo. "A nossa época necessita de cristãos santos, entusiastas da própria fé! Quanto é preciso recuperar o prazer da oração!", exortou Bento XVI, convidando a deixar de lado o ritmo de vida que nos impede de voltar-nos para nós mesmos e admirar o mistério de Deus que habita em nosso coração.
      "Natal é festa cristã e os seus símbolos constituem importantes referências ao grande mistério da Encarnação e do Nascimento de Jesus. Preparemo-nos a acolhê-Lo com fé", concluiu.
       A árvore de Natal doada pela Ucrânia é proveniente da região de Zakarpattia. Trata-se de um abete vermelho (Picea abies, L. Karsten), com cerca de 30 metros de altura e pesa quase 5 toneladas. A árvore será acesa esta tarde na presença de crianças, grupos folclóricos, autoridades ucranianas e do Presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, Dom Giuseppe Bertello.(BF)
Mensagem de Bento XVI 
para o Dia Mundial da Paz 2012 dia 1º de janeiro

A Santa Sé divulgou, nesta sexta-feira, 16 de dezembro, o texto da Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012, que se celebra em 1º de janeiro. 
Eis a íntegra da Mensagem:
EDUCAR OS JOVENS PARA A JUSTIÇA E A PAZ
1. INÍCIO DE UM NOVO ANO, dom de Deus à humanidade, induz-me a desejar a todos, com grande confiança e estima, de modo especial que este tempo, que se abre diante de nós, fi que marcado concretamente pela justiça e a paz.
Com qual atitude devemos olhar para o novo ano? No salmo 130, encontramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor « mais do que a sentinela pela aurora »(v. 6), aguarda por Ele com firme esperança, porque sabe que trará luz, misericórdia, salvação. Esta expectativa nasce da experiência do povo eleito, que reconhece ter sido educado por Deus a olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribulações.
Convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante. É verdade que, no ano que termina, cresceu o sentido de frustração por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e a economia; uma crise cujas raízes são primariamente culturais e antropológicas. Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia.
Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista.
Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens; e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: « Educar os jovens para a justiça e a paz », convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo.
A minha Mensagem dirige-se também aos pais, às famílias, a todas as componentes educativas, formadoras, bem como aos responsáveis nos diversos âmbitos da vida religiosa, social, política, econômica, cultural e mediática. Prestar atenção ao mundo juvenil, saber escutá-lo e valorizá-lo para a construção dum futuro de justiça e de paz não é só uma oportunidade mas um dever primário de toda a sociedade.
Trata-se de comunicar aos jovens o apreço pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de consumá-la ao serviço do Bem. Esta é uma tarefa, na qual todos nós estamos, pessoalmente, comprometidos.
As preocupações manifestadas por muitos jovens nestes últimos tempos, em várias regiões do mundo, exprimem o desejo de poder olhar para o futuro com fundada esperança. Na hora atual, muitos são os aspectos que os trazem apreensivos: o desejo de receber uma formação que os prepare de maneira mais profunda para enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma família e encontrar um emprego estável, a capacidade efetiva de intervir no mundo da política, da cultura e da economia contribuindo para a construção duma sociedade de rosto mais humano e solidário.
É importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida atenção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver « coisas novas » (Is 42, 9; 48, 6).
Os responsáveis da educação
2. A educação é a aventura mais fascinante e difícil da vida. Educar – na sua etimologia latina educere– significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa. Este processo alimenta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Isto exige a responsabilidade do discípulo, que deve estar disponível para se deixar guiar no conhecimento da realidade, e a do educador, que deve estar disposto a dar-se a si mesmo. Mas, para isso, não bastam meros dispensadores de regras e informações; são necessárias testemunhas autênticas, ou seja, testemunhas que saibam ver mais longe do que os outros, porque a sua vida abraça espaços mais amplos. A testemunha é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe.
E quais são os lugares onde amadurece uma verdadeira educação para a paz e a justiça? Antes de mais nada, a família, já que os pais são os primeiros educadores. A família é célula originária da sociedade. « É na família que os filhos aprendem os valores humanos e cristãos que permitem uma convivência construtiva e pacífica. É na família que aprendem a solidariedade entre as gerações, o respeito pelas regras, o perdão e o acolhimento do outro ». Esta é a primeira escola, onde se educa para a justiça e a paz.
Vivemos num mundo em que a família e até a própria vida se vêem constantemente ameaçadas e, não raro, destroçadas. Condições de trabalho frequentemente pouco compatíveis com as responsabilidades familiares, preocupações com o futuro, ritmos frenéticos de vida, emigração à procura dum adequado sustentamento se não mesmo da pura sobrevivência, acabam por tornar difícil a possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presença dos pais; uma presença, que permita compartilhar de forma cada vez mais profunda o caminho para se poder transmitir a experiência e as certezas adquiridas com os anos – o que só se torna viável com o tempo passado juntos. Queria aqui dizer aos pais para não desanimarem! Com o exemplo da sua vida, induzam os filhos a colocar a esperança antes de tudo em Deus, o único de quem surgem justiça e paz autênticas.
Quero dirigir-me também aos responsáveis das instituições com tarefas educativas: Velem, com grande sentido de responsabilidade, por que seja respeitada e valorizada em todas as circunstâncias a dignidade de cada pessoa. Tenham a peito que cada jovem possa descobrir a sua própria vocação, acompanhando-o para fazer frutificar os dons que o Senhor lhe concedeu. Assegurem às famílias que os seus filhos não terão um caminho formativo em contraste com a sua consciência e os seus princípios religiosos.
Possa cada ambiente educativo ser lugar de abertura ao transcendente e aos outros; lugar de diálogo, coesão e escuta, onde o jovem se sinta valorizado nas suas capacidades e riquezas interiores e aprenda a apreciar os irmãos. Possa ensinar a saborear a alegria que deriva de viver dia após dia a caridade e a compaixão para com o próximo e de participar ativamente na construção duma sociedade mais humana e fraterna.
Dirijo-me, depois, aos responsáveis políticos, pedindo-lhes que ajudem concretamente as famílias e as instituições educativas a exercerem o seu direito–dever de educar. Não deve jamais faltar um adequado apoio à maternidade e à paternidade. Atuem de modo que a ninguém seja negado o acesso à instrução e que as famílias possam escolher livremente as estruturas educativas consideradas mais idôneas para o bem dos seus filhos. Esforcem-se por favorecer a reunificação das famílias que estão separadas devido à necessidade de encontrar meios de subsistência.
Proporcionem aos jovens uma imagem transparente da política, como verdadeiro serviço para o bem de todos. Não posso deixar de fazer apelo ainda ao mundo dos media para que prestem a sua contribuição educativa. Na sociedade atual, os meios de comunicação de massa têm uma função particular: não só informam, mas também formam o espírito dos seus destinatários e, consequentemente, podem concorrer notavelmente para a educação dos jovens. É importante ter presente a ligação estreitíssima que existe entre educação e comunicação: de fato, a educação realiza-se por meio da comunicação, que influi positiva ou negativamente na formação da pessoa.
Também os jovens devem ter a coragem de começar, eles mesmos, a viver aquilo que pedem a quantos os rodeiam. Que tenham a força de fazer um uso bom e consciente da liberdade, pois cabe-lhes em tudo isto uma grande responsabilidade: são responsáveis pela sua própria educação e formação para a justiça e a paz.
Educar para a verdade e a liberdade
3. Santo Agostinho perguntava-se: « Quid enim fortius desiderat anima quam veritatem – que deseja o homem mais intensamente do que a verdade? ». O rosto humano duma sociedade depende muito da contribuição da educação para manter viva esta questão inevitável. De fato, a educação diz respeito à formação integral da pessoa, incluindo a dimensão moral e espiritual do seu ser, tendo em vista o seu fim último e o bem da sociedade a que pertence.
Por isso, a fim de educar para a verdade, é preciso antes de mais nada saber que é a pessoa humana, conhecer a sua natureza. Olhando a realidade que o rodeava, o salmista pôs-se a pensar: « Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que Vós criastes: que é o homem para Vos lembrardes dele, o fi lho do homem para com ele Vos preocupardes? » (Sal 8, 4-5). Esta é a pergunta fundamental que nos devemos colocar: Que é o homem?
O homem é um ser que traz no coração uma sede de infinito, uma sede de verdade – não uma verdade parcial, mas capaz de explicar o sentido da vida –, porque foi criado à imagem e semelhança de Deus. Assim, o fato de reconhecer com gratidão a vida como dom inestimável leva a descobrir a dignidade profunda e a inviolabilidade própria de cada pessoa.
Por isso, a primeira educação consiste em aprender a reconhecer no homem a imagem do Criador e, consequentemente, a ter um profundo respeito por cada ser humano e ajudar os outros a realizarem uma vida conforme a esta sublime dignidade. É preciso não esquecer jamais que « o autêntico desenvolvimento do homem diz respeito unitariamente à totalidade da pessoa em todas as suas dimensões », incluindo a transcendente, e que não se pode sacrificar a pessoa para alcançar um bem particular, seja ele econômico ou social, individual ou coletivo.
Só na relação com Deus é que o homem compreende o significado da sua liberdade, sendo tarefa da educação formar para a liberdade autêntica. Esta não é a ausência de vínculos, nem o império do livre arbítrio; não é o absolutismo do eu. Quando o homem se crê um ser absoluto, que não depende de nada nem de ninguém e pode fazer tudo o que lhe apetece, acaba por contradizer a verdade do seu ser e perder a sua liberdade. De fato, o homem é precisamente o contrário: um ser relacional, que vive em relação com os outros e sobretudo com Deus. A liberdade autêntica não pode jamais ser alcançada, afastando-se d’Ele.
A liberdade é um valor precioso, mas delicado: pode ser mal entendida e usada mal. « Hoje um obstáculo particularmente insidioso à ação educativa é constituído pela presença maciça, na nossa sociedade e cultura, daquele relativismo que, nada reconhecendo como definitivo, deixa como última medida somente o próprio eu com os seus desejos e, sob a aparência da liberdade, torna-se para cada pessoa uma prisão, porque separa uns dos outros, reduzindo cada um a permanecer fechado dentro do próprio “eu”. Dentro de um horizonte relativista como este, não é possível, portanto, uma verdadeira educação: sem a luz da verdade, mais cedo ou mais tarde cada pessoa está, de fato, condenada a duvidar da bondade da sua própria vida e das relações que a constituem, da validez do seu compromisso para construir com os outros algo em comum ». Por conseguinte o homem, para exercer a sua liberdade, deve superar o horizonte relativista e conhecer a verdade sobre si próprio e a verdade acerca do que é bem e do que é mal. No íntimo da consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer e cuja voz o chama a amar e fazer o bem e a fugir do mal, a assumir a responsabilidade do bem cumprido e do mal praticado. Por isso o exercício da liberdade está intimamente ligado com a lei moral natural, que tem caráter universal, exprime a dignidade de cada pessoa, coloca a base dos seus direitos e deveres fundamentais e, consequentemente, da convivência justa e pacífica entre as pessoas.
Assim o reto uso da liberdade é um ponto central na promoção da justiça e da paz, que exigem a cada um o respeito por si próprio e pelo outro, mesmo possuindo um modo de ser e viver distante do meu. Desta atitude derivam os elementos sem os quais paz e justiça permanecem palavras desprovidas de conteúdo: a confiança recíproca, a capacidade de encetar um diálogo construtivo, a possibilidade do perdão, que muitas vezes se quereria obter mas sente-se dificuldade em conceder, a caridade mútua, a compaixão para com os mais frágeis, e também a prontidão ao sacrifício.
Educar para a justiça
4. No nosso mundo, onde o valor da pessoa, da sua dignidade e dos seus direitos, não obstante as proclamações de intentos, está seriamente ameaçado pela tendência generalizada de recorrer exclusivamente aos critérios da utilidade, do lucro e do ter, é importante não separar das suas raízes transcendentes o conceito de justiça. De fato, a justiça não é uma simples convenção humana, pois o que é justo determina-se originariamente não pela lei positiva, mas pela identidade profunda do ser humano. É a visão integral do homem que impede de cair numa concepção contratualista da justiça e permite abrir também para ela o horizonte da solidariedade e do amor.
Não podemos ignorar que certas correntes da cultura moderna, apoiadas em princípios econômicos racionalistas e individualistas, alienaram das suas raízes transcendentes o conceito de justiça, separando-o da caridade e da solidariedade. Ora « a “cidade do homem” não se move apenas por relações feitas de direitos e de deveres, mas antes e sobretudo por relações de gratuidade, misericórdia e comunhão. A caridade manifesta sempre, mesmo nas relações humanas, o amor de Deus; dá valor teologal e salvífico a todo o empenho de justiça no mundo ».
«Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados » (Mt 5, 6). Serão saciados, porque têm fome e sede de relações justas com Deus, consigo mesmo, com os seus irmãos e irmãs, com a criação inteira.
Educar para a paz
5. « A paz não é só ausência de guerra, nem se limita a assegurar o equilíbrio das forças adversas. A paz não é possível na terra sem a salvaguarda dos bens das pessoas, a livre comunicação entre os seres humanos, o respeito pela dignidade das pessoas e dos povos e a prática assídua da fraternidade ». A paz é fruto da justiça e efeito da caridade. É, antes de mais nada, dom de Deus. Nós, os cristãos, acreditamos que a nossa verdadeira paz é Cristo: n’Ele, na sua Cruz, Deus reconciliou consigo o mundo e destruiu as barreiras que nos separavam uns dos outros (cf. Ef 2, 14-18); n’Ele, há uma única família reconciliada no amor.
A paz, porém, não é apenas dom a ser recebido, mas obra a ser construída. Para sermos verdadeiramente artífices de paz, devemos educar-nos para a compaixão, a solidariedade, a colaboração, a fraternidade, ser ativos dentro da comunidade e solícitos em despertar as consciências para as questões nacionais e internacionais e para a importância de procurar adequadas modalidades de redistribuição da riqueza, de promoção do crescimento, de cooperação para o desenvolvimento e de resolução dos conflitos.
« Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus » – diz Jesus no sermão da montanha (Mt 5, 9). A paz para todos nasce da justiça de cada um, e ninguém pode subtrair-se a este compromisso essencial de promover a justiça segundo as respectivas competências e responsabilidades. De forma particular convido os jovens, que conservam viva a tensão pelos ideais, a procurarem com paciência e tenacidade a justiça e a paz e a cultivarem o gosto pelo que é justo e verdadeiro, mesmo quando isso lhes possa exigir sacrifícios e obrigue a caminhar contracorrente.
Levantar os olhos para Deus
6. Perante o árduo desafi o de percorrer os caminhos da justiça e da paz, podemos ser tentados a interrogar-nos como o salmista: « Levanto os olhos para os montes, de onde me virá o auxílio? » (Sal 121, 1). A todos, particularmente aos jovens, quero bradar: « Não são as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente o voltar-se para o Deus vivo, que é o nosso criador, o garante da nossa liberdade, o garante do que é deveras bom e verdadeiro (…), o voltar-se sem reservas para Deus, que é a medida do que é justo e, ao mesmo tempo, é o amor eterno. E que mais nos poderia salvar senão o amor? ». O amor rejubila com a verdade, é a força que torna capaz de comprometer-se pela verdade, pela justiça, pela paz, porque tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (cf. 1 Cor 13, 1-13).
Queridos jovens, vós sois um dom precioso para a sociedade. Diante das dificuldades, não vos deixeis invadir pelo desânimo nem vos abandoneis a falsas soluções, que frequentemente se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas. Não tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrifício, de optar por caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação. Vivei com confiança a vossa juventude e os anseios profundos que sentis de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Vivei intensamente esta fase da vida, tão rica e cheia de entusiasmo.
Sabei que vós mesmos servis de exemplo e estímulo para os adultos, e tanto mais o sereis quanto mais vos esforçardes por superar as injustiças e a corrupção, quanto mais desejardes um futuro melhor e vos comprometerdes a construí-lo. Cientes das vossas potencialidades, nunca vos fecheis em vós próprios, mas trabalhai por um futuro mais luminoso para todos. Nunca vos sintais sozinhos! A Igreja confia em vós, acompanha-vos, encoraja-vos e deseja oferecer-vos o que tem de mais precioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar Jesus Cristo – Ele que é a justiça e a paz.
Oh vós todos, homens e mulheres, que tendes a peito a causa da paz! Esta não é um bem já alcançado mas uma meta, à qual todos e cada um deve aspirar. Olhemos, pois, o futuro com maior esperança, encorajemo-nos mutuamente ao longo do nosso caminho, trabalhemos para dar ao nosso mundo um rosto mais humano e fraterno e sintamo-nos unidos na responsabilidade que temos para com as jovens gerações, presentes e futuras, nomeadamente quanto à sua educação para se tornarem pacíficas e pacificadoras! Apoiado em tal certeza, envio-vos estas reflexões que se fazem apelo: Unamos as nossas forças espirituais, morais e materiais, a fim de « educar os jovens para a justiça e a paz ».
Vaticano, 8 de dezembro de 2011.
 Fonte: www.arquidiocesedefortaleza.org.br
Decisões importantes são tomadas na 4ª Assembleia Nacional da JM
Escrito por Fúlvio Costa   
Seg, 19 de Dezembro de 2011 16:55
A 4ª Assembleia Nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé e Juventude Missionária (JM) terminou neste domingo, 18, após quatro dias de intensas atividades na sede nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília, com a presença de 29 pessoas de todas as regiões do Brasil.
Várias decisões e sugestões importantes foram tomadas durante o evento. A jovem Sara Guerra, coordenadora estadual da JM no Ceará, vai representar a Juventude Missionária no Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Cone Sul, esta última antes exercida pelo jovem Fabiano Alves de Souza do estado do Espírito Santo. Nos próximos dias 8 a 15 de janeiro, João Guilherme, do Paraná, juntamente com mais um jovem, irá representar a Juventude Missionária do Brasil nas Missões do Paraguai, evento que acontece anualmente naquele país.
Para a Jornada Mundial da Juventude de 2013, no Rio de Janeiro, foram nomeadas algumas lideranças para começar a pensar na sede missionária do evento: Tiago Scalco, Erika Julia,  Rodrigo Piatezzi, Sara Guerra e Fabiano Alves. Ainda para 2013 a JM escolheu uma proposta de tema e lema para a Campanha Missionária: “Juventude em missão” e lema “Ide e façais discípulos em todas as nações (Mt 28,19) o mesmo da JMJ-2013”. A sugestão será apresentada para as Pontifícias Obras Missionárias. Outra decisão importante foi para a aplicação dos materiais da JM. Antes era aplicado para da mesma forma para jovens entre 15 e 25 anos. Agora passa a ser para jovens de 15 a 30 em conformidade com a Organização das Nações Unidas (ONU) que estabelece que os jovens estão nessa faixa-etária.
O secretário nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé e JM, padre Marcelo Gualberto, saiu contente da Assembleia. “Foi um evento muito positivo com a participação de muitos jovens iniciantes, mas com boa bagagem missionária. Fizemos um encontro muito rico com experiências marcantes e participações valiosas como a do arcebispo de Brasília, dom Sérgio da Rocha, que tratou o tema ‘Jovens missionários do Brasil para o mundo, à luz do Concílio Vaticano II’ na espiritualidade, como também do padre Sávio Corinaldesi, que nos contemplou com a abordagem da passagem bíblica do livro de João (20, 21) e lema do 3º Congresso Missionário Nacional (CMN) de Palmas (TO), ‘Como o pai me enviou, também eu vos envio’”, avaliou o secretário. 
 
Fonte:http://www.pom.org.br

16 de dezembro de 2011

Prioridade na Evangelização

Várias são as circunstâncias que tem demonstrado a unidade na diversidade da juventude brasileira, a começar pela criação da Comissão Episcopal para a Juventude, da CNBB. A Igreja do Brasil deixa claro nesta criação uma de suas prioridades na evangelização: os jovens. A expressiva participação na Jornada Mundial da Juventude-JMJ de Madri mostra uma adesão explícita de apoios e cooperações pela causa da juventude. Sabemos que isso não é só alegria. Estamos cientes dos desafios e urgências na evangelização juvenil. Este processo de unificação, com certeza, foi providencial para o momento em que começamos a preparação da JMJ Rio 2013 e a realização de trabalhos de evangelização entre os jovens antes, durante e depois do evento.
Já começou a preparação. No dia 18 de setembro, o Brasil recebeu a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora. O que significam estes símbolos para a juventude e para a nossa Igreja? Primeiramente a cruz é um dos maiores símbolos do cristianismo. E a figura de Maria nos remonta a entrega que Cristo fez na cruz: "Este é o teu Filho e esta é a tua Mãe". Foi com esse sentido que o Bem-aventurado João Paulo II entregou estes dois símbolos à juventude do mundo para que com eles pu¬dessem levar e testemunhar a fé cristã: "Carreguem-na (a cruz) pelo mundo como símbolo do amor de Cristo pela humanidade e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição Dele podemos encontrar a salvação e a redenção" (Roma, 22 de abril de 2004). "Contemplem a sua Mãe! Ele (ícone de Nossa Senhora) será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas" (Roma, 18a Jornada Mundial da Juventude, 2003).

Depois de ter passado por diversos países como sinal de salvação e redenção e presença filial da Mãe entre os jovens, agora é a nossa vez. O Brasil se prepara para a Jornada Mundial e os símbolos irão percorrer todas as suas dioceses e os países do Cone Sul. É Jesus e sua mãe visitando os mais diversos rostos juvenis presentes em nossa sociedade pluricultural.
Esta peregrinação tem um caráter missionário muito expressivo, pois os símbolos passarão em lugares e situações, e com certeza durante o percurso e ao seu findar teremos diversos testemunhos e colheremos vários frutos como já pudemos testemunhar quando a cruz e o ícone foram levados a Cracolândia e ao Lixão em São Paulo.

Exemplos como este se multiplicarão até o ano de 2013. É importante que os jovens missionários não se deixem levar somente pelo evento em si, mas que procurem internalizar em seu coração a espiritualidade da cruz e a espiritualidade mariana, caminhos que com certeza os conduzirá a uma espiritualidade missionária e os impulsionará a viver e testemunhar aquilo que estamos celebrando.

Desta forma a peregrinação dos símbolos não será mais um evento, mas oportunizará um encontro capaz de nos levar ao discipulado nos tornando verdadeiros missionários, e com amor sentiremos a necessidade de anunciar a Boa Nova.

Portanto, que nossa juventude missionária, espalhada pelo imenso Brasil possa acompanhar em suas dioceses este momento de evangelização, formação e missão e fazer com que esta seja também uma oportunidade de unidade entre os jovens de todo o país.

Pe. Marcelo Gualberto Monteiro
Secretário Nacional da Pontifícia Obra Propagação da Fé
Publicado na Revista Missões - Novembro 2011

14 de dezembro de 2011

Anunciado o Ano da Infância e Adolescência Missionária na Igreja no Brasil 

Escrito por Fúlvio Costa   
Fonte: www.pom.org.br


          Os participantes do encontro, representantes de todos os estados do país, puderam sugerir materiais, diretrizes e dinâmicas de celebrações para a comemoração da data que tem início em 2013 e termina no ano seguinte. De acordo com as inúmeras sugestões, apareceram: elaboração de um livreto para a celebração do Ano da IAM no Brasil; criação de uma logomarca para a celebração; programar a comemoração em nível nacional; criar um cartaz; produzir um DVD com experiências e resgate histórico da Infância e Adolescência Missionária em material acessível às crianças, entre outros. 

padre_andre_negreirosO secretário nacional da IAM elogiou as sugestões apresentadas. “As respostas foram muito positivas. Eles sugeriram materiais, diretrizes e até um manual para a celebração dos 170 anos. Tudo isso irá ser olhado com carinho e, a partir do ano que vem, já irá ser colocado em prática em minhas visitas aos estados”, garantiu padre André. 
 
malacarniUm dos participantes, o coordenador da IAM no estado do Espírito Santo, Francisco Malacarni, mais conhecido como Kiko, apontou que a IAM, a partir de agora, tem muito trabalho pela frente para fazer o evento ganhar destaque na Igreja no Brasil, em 2013. “Será uma data histórica que vai exigir de nós muito trabalho para conseguir colocá-lo em evidência na Igreja. São 170 anos e por isso precisamos reavivar, nesse período, as atitudes desenvolvidas pelo fundador da Infância: dom Carlos Forbin Janson, como metodologia de trabalho, história, e muitos outros pontos para que possamos dar um novo vigor à Obra. Fazendo isso, vamos fazer surgir, através da IAM, os novos profetas da Igreja”, disse esperançoso Malacarni. 

rafael_tavares_fotoO coordenador da IAM do Rio Grande do Norte, Rafael Cosme Tavares, lembrou os 15 anos da Obra em seu estado, comemorados recentemente e disse que os 170 da Infância em todo o mundo têm tudo para ser um evento inesquecível no Brasil. “Vai ser um grande destaque. Vivenciamos agora os 15 anos de missão através da IAM no interior do nosso estado. Ora, se apenas numa pequena cidade do Nordeste nós fizemos grande movimentação na cidade, como inaugurar uma Igreja em nome de São Francisco Xavier, uma estátua para Santa Terezinha em praça pública, tudo em nome da IAM, imagine como poderá ser celebrar os 170 anos da Obra no Brasil e no mundo? Deverá ser uma celebração para ficar na história”, afirmou.
Padre André aproveitou para elogiar também a 16ª Assembleia anual da IAM. “Foi muito positiva, pois conseguimos alcançar nossos objetivos que foi escolher uma pessoa de cada macrorregião para me ajudar no acompanhamento dos estados e na elaboração de materiais da IAM; o envolvimento foi maior naquilo que foi pedido a eles no que diz respeito aos símbolos, comidas típicas de cada estado e na produção de material da Infância e Adolescência Missionária para as crianças que estão sendo alfabetizadas”, disse.
Este ano, pela primeira vez, houve a presença da coordenação de Roraima. Os dois estados que não puderam participar: Paraná e Mato Grosso enviaram os materiais. Outro ponto positivo comemorado pelo secretário nacional da IAM. “Mesmo não estando aqui fisicamente, alguns estados participaram também. Enviaram relatório, prestação de contas, planejamento do ano seguinte; tudo isso facilitou os trabalhos para os próximos anos”, comemorou. Ele ainda apresentou suas expectativas para 2012. “O próximo ano será de muito trabalho. Percebi que minha agenda continua lotada para dá formações pelo Brasil. Este ano quero me doar produzindo novos materiais para que a IAM se sinta acompanhada por mim e pelas Pontifícias Obras Missionárias”, afirmou confiante o secretário. 

VEJA TODAS AS FOTOS DO EVENTO. CLIQUE AQUI

9 de dezembro de 2011

USINA DE BELO MONTE

                Precisamos ficar mais atentos no que está acontecendo em nosso país, esta usina de Belo Monte que estão querendo construir, vai deixar uma grande área de Mata debaixo d'água, além de tirar o Habitat de vários animais. Veja os vídeos que falam sobre a construção da usina feito pela rede globo no Fantastico em 2 partes e o outro feito pelo o Movimento Gota D'Água com artistas globais, depois reflita e se realmente você é um amante da Criação e lembrando da Campanha da Fraternidade que fala referente a Natureza com o Tema: “Fraternidade e a vida no planeta” e o lema “A criação geme como em dores de parto”, entre no LINK abaixo e assine a petição que vai para Presidente Dilma Rousseff, mobilizado pelo o Movimento Gota D Água.
http://www.movimentogotadagua.com.br/assinatura


UMA MENSAGEM ESPECIAL

Escrito por Fúlvio Costa   
Fonte: www.pom.org.br
O último comentário da Intenção Missionária de 2011 é uma mensagem especial para as crianças e jovens. “Desde o início, a Igreja sempre teve uma particular sensibilidade para com os jovens e crianças”, diz o texto. O comentário expressa ainda o carinho do beato João Paulo II durante seu pontificado ao demonstrar sua sensibilidade aos jovens e crianças através “da celebração das Jornadas Mundiais da Juventude” e também pelo papa Bento XVI que, na última JMJ de Madri destacou: “vocês são testemunhas da esperança cristã no mundo inteiro: são muitos aqueles que desejam receber esta esperança”.

O texto lembra também da vulnerabilidade das crianças que sofrem com “várias formas de exploração, dada a sua posição precária de fraqueza e necessidade. A sociedade deve reconhecer  a sua dignidade pessoal, a dignidade própria de cada ser humano como filho de Deus”, destaca outro trecho do comentário. Sobre a fragilidade de crianças e jovens, a Igreja se posiciona:

“A Igreja, não obstante as tristes experiências que emergiram nos últimos anos e que são uma exceção, sempre trabalhou na defesa dos mais vulneráveis, sobretudo as crianças. Pressionados pela necessidade de satisfazer as necessidades básicas, muitas crianças são obrigadas ater de fazer tarefas físicas  desproporcionais  em relação à sua idade e em condições desumanas”, esclarece outro trecho do comentário.
LEIA NA ÍNTEGRA. CLIQUE AQUI

4 de dezembro de 2011

Unicef lança relatório sobre a situação dos adolescentes no Brasil

Escrito por Fúlvio Costa  
www .pom.org.br
Sex, 02 de Dezembro de 2011 15:11 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou na quarta-feira, 30 de novembro, em Brasília, o Relatório “Situação da Adolescência Brasileira 2011 – O direito de ser adolescente: Oportunidade para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades”.
O documento analisa a situação de meninas e meninos de 12 a 17 anos a partir da evolução de 10 indicadores entre 2004 e 2009. Traz também uma análise das políticas públicas desenvolvidas no Brasil e propõe ainda um conjunto de ações a serem tomadas para garantir a realização dos direitos de todos e de cada adolescente.
             Vivem hoje no Brasil, segundo os dados, 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos (incompletos), o que equivale a 11% da população brasileira. As projeções demográficas mostram que o Brasil não voltará a ter uma participação percentual tão significativa dos adolescentes no total da população.
            Ainda que esse fato represente uma grande oportunidade para o País, o preconceito faz com que esse grupo populacional seja visto como problema, criando barreiras para o desenvolvimento pleno do potencial desses meninos e meninas. O relatório alerta ainda que os adolescentes têm alguns de seus direitos mais violados do que outros grupos etários da população.
           Dos 10 indicadores avaliados entre 2004 e 2009, oito registraram avanços, um deles (extrema pobreza) apresentou um ligeiro retrocesso e outro (homicídios) manteve-se estável em um patamar preocupante.
        O indicador da extrema pobreza entre os adolescentes, por exemplo, registrou um pequeno aumento, enquanto a tendência na população geral é de queda. Isso significa que houve um aumento da representação dos adolescentes na população pobre.
No caso dos homicídios, em 2009, a taxa de mortalidade entre adolescentes de 15 a 19 anos era de 43,2 para cada grupo de 100 mil adolescentes, enquanto a média para a população como um todo era de 20 homicídios/100 mil. Já na educação, os indicadores apontam importantes avanços no período analisado, mas o Brasil ainda enfrenta desafios nessa área. Entre os adolescentes entre 15 e 17 anos de idade, 14,8% estão fora da escola, enquanto o percentual é de menos de 3% no grupo entre 6 e 14 anos de idade.

Fonte: Unicef: www.unicef.org/brazil/pt/br_sabrep11.pdf

CNBB ADVERTE,

CNBB adverte sobre uso indevido de termos próprios da doutrina católica


Em nota pastoral emitida nesta quarta-feira, 30 de novembro, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fez uma advertência sobre algumas questões relativas ao uso indevido dos termos: católico, igreja católica, clero e outros por parte de grupos que se auto proclamam católicos enganando os fiéis.
“A CNBB, na defesa da verdade e da liberdade, considerou oportuno publicar a presente nota pastoral, destinada aos membros do episcopado, do clero, aos religiosos e a todos os fiéis leigos”, destaca a missiva dos bispos brasileiros em seu primeiro parágrafo.
“O uso de nomes, termos, símbolos e instituições próprios da Igreja Católica Apostólica Romana, por outras denominações religiosas distintas da mesma, pode gerar equívocos e confusões entre os fiéis católicos. Nestes casos o uso da palavra “católico”, “bispo diocesano”, “vigário episcopal”, “diocese”, “clero”, “catedral”, “paróquia”, “padre”, “diácono”, “frei”, pode induzir a engano e erro”.
“Pessoas de boa vontade podem ser levadas a frequentar tais templos, crendo que se tratam de comunidades da Igreja Católica Apostólica Romana, quando na verdade não o são. Por essa razão a Igreja tem a obrigação de esclarecer e alertar o Povo de Deus para evitar prováveis danos de ordem espiritual e pastoral”, esclarece a nota.
            “Assim, temos o dever de alertar os fiéis católicos para a existência de alguns grupos religiosos, como é o caso da autointitulada “igreja católica carismática de Belém” e outras denominações semelhantes, que apesar de se autodenominarem “católicas”, não estão em comunhão com o Santo Padre, Papa Bento XVI, e não fazem parte da Igreja Católica Apostólica Romana”.
A mencionada “igreja católica carismática de Belém” é um grupo que se apresenta no seu site oficial como “uma igreja fiel à Tradição, à Bíblia Sagrada e ao Magistério dos Padres da Igreja”, e que se proclama “uma Igreja ecumênica pois nos sentimos parte da Grande Igreja Católica” e ao mesmo tempo “uma Igreja unionista”, que engana os fiéis ao dizer que “reconhece a autoridade do Patriarca de Roma, o Santo Padre o Papa, dos Patriarcas, dos cardeais, arcebispos, bispos, padres e diáconos da Grande Igreja Católica Apostólica, formada pelas Igrejas Católicas Romana, Ortodoxas, Anglicanas, Vetero-Católicas e Nacionais”.
Este reconhecimento de um plural de autoridades contradiz inteiramente a doutrina da Igreja Católica, que na Constituição Dogmática Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II, definiu que “a única Igreja de Cristo, que no Credo confessamos ser una, santa, católica e apostólica” subsiste “na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em união com ele”.
             Talvez a maior aberração que distancia a “igreja” carismática de Belém da sã doutrina e da disciplina da Igreja Católica seja o fato de que “ordenem” homens casados para o sacerdócio.
“Somos uma Igreja que não interfere na vida sentimental de seus padres. Casar ou ficar solteiro é uma decisão personalíssima deles. Não é assunto de competência da Igreja. Ordenamos homens casados, solteiros e viúvos”, afirma outro parágrafo do site do auto-proclamado grupo católico que ademais “deseja o fim do monopólio dos cursos de filosofia e teologia para formação de sacerdotes”.
A vigência da doutrina da Igreja sobre o requerimento do celibato para a ordenação sacerdotal encontra uma clara expressão nos ensinamentos de Bento XVI e nas palavras do Beato João Paulo II, quem na exortação pós-sinodal Pastore Dabo Vobis afirmava: “O Sínodo não quer deixar dúvidas na mente de ninguém sobre a firme vontade da Igreja de manter a lei que exige o celibato livremente escolhido e perpétuo para os candidatos à ordenação sacerdotal no rito latino”.
           “Por esta razão- prossegue a nota dos bispos brasileiros- todos os ritos e cerimônias religiosas por eles realizadas são ilícitos para os fiéis católicos. Assim sendo, recomenda-se vivamente aos féis que não frequentem os edifícios onde eles se reúnem e nem colaborem ou participem de qualquer celebração promovida por esses grupos. Rezemos para que a unidade desejada por Jesus Cristo, aconteça plenamente”.
A nota leva a assinatura do Cardeal Raymundo Damasceno de Assis, presidente da CNBB, do vice-presidente, Dom José Belisário da Silva e do secretário-geral da entidade, Dom Leonardo Ulrich Steiner.