4 de dezembro de 2011

CNBB ADVERTE,

CNBB adverte sobre uso indevido de termos próprios da doutrina católica


Em nota pastoral emitida nesta quarta-feira, 30 de novembro, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fez uma advertência sobre algumas questões relativas ao uso indevido dos termos: católico, igreja católica, clero e outros por parte de grupos que se auto proclamam católicos enganando os fiéis.
“A CNBB, na defesa da verdade e da liberdade, considerou oportuno publicar a presente nota pastoral, destinada aos membros do episcopado, do clero, aos religiosos e a todos os fiéis leigos”, destaca a missiva dos bispos brasileiros em seu primeiro parágrafo.
“O uso de nomes, termos, símbolos e instituições próprios da Igreja Católica Apostólica Romana, por outras denominações religiosas distintas da mesma, pode gerar equívocos e confusões entre os fiéis católicos. Nestes casos o uso da palavra “católico”, “bispo diocesano”, “vigário episcopal”, “diocese”, “clero”, “catedral”, “paróquia”, “padre”, “diácono”, “frei”, pode induzir a engano e erro”.
“Pessoas de boa vontade podem ser levadas a frequentar tais templos, crendo que se tratam de comunidades da Igreja Católica Apostólica Romana, quando na verdade não o são. Por essa razão a Igreja tem a obrigação de esclarecer e alertar o Povo de Deus para evitar prováveis danos de ordem espiritual e pastoral”, esclarece a nota.
            “Assim, temos o dever de alertar os fiéis católicos para a existência de alguns grupos religiosos, como é o caso da autointitulada “igreja católica carismática de Belém” e outras denominações semelhantes, que apesar de se autodenominarem “católicas”, não estão em comunhão com o Santo Padre, Papa Bento XVI, e não fazem parte da Igreja Católica Apostólica Romana”.
A mencionada “igreja católica carismática de Belém” é um grupo que se apresenta no seu site oficial como “uma igreja fiel à Tradição, à Bíblia Sagrada e ao Magistério dos Padres da Igreja”, e que se proclama “uma Igreja ecumênica pois nos sentimos parte da Grande Igreja Católica” e ao mesmo tempo “uma Igreja unionista”, que engana os fiéis ao dizer que “reconhece a autoridade do Patriarca de Roma, o Santo Padre o Papa, dos Patriarcas, dos cardeais, arcebispos, bispos, padres e diáconos da Grande Igreja Católica Apostólica, formada pelas Igrejas Católicas Romana, Ortodoxas, Anglicanas, Vetero-Católicas e Nacionais”.
Este reconhecimento de um plural de autoridades contradiz inteiramente a doutrina da Igreja Católica, que na Constituição Dogmática Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II, definiu que “a única Igreja de Cristo, que no Credo confessamos ser una, santa, católica e apostólica” subsiste “na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em união com ele”.
             Talvez a maior aberração que distancia a “igreja” carismática de Belém da sã doutrina e da disciplina da Igreja Católica seja o fato de que “ordenem” homens casados para o sacerdócio.
“Somos uma Igreja que não interfere na vida sentimental de seus padres. Casar ou ficar solteiro é uma decisão personalíssima deles. Não é assunto de competência da Igreja. Ordenamos homens casados, solteiros e viúvos”, afirma outro parágrafo do site do auto-proclamado grupo católico que ademais “deseja o fim do monopólio dos cursos de filosofia e teologia para formação de sacerdotes”.
A vigência da doutrina da Igreja sobre o requerimento do celibato para a ordenação sacerdotal encontra uma clara expressão nos ensinamentos de Bento XVI e nas palavras do Beato João Paulo II, quem na exortação pós-sinodal Pastore Dabo Vobis afirmava: “O Sínodo não quer deixar dúvidas na mente de ninguém sobre a firme vontade da Igreja de manter a lei que exige o celibato livremente escolhido e perpétuo para os candidatos à ordenação sacerdotal no rito latino”.
           “Por esta razão- prossegue a nota dos bispos brasileiros- todos os ritos e cerimônias religiosas por eles realizadas são ilícitos para os fiéis católicos. Assim sendo, recomenda-se vivamente aos féis que não frequentem os edifícios onde eles se reúnem e nem colaborem ou participem de qualquer celebração promovida por esses grupos. Rezemos para que a unidade desejada por Jesus Cristo, aconteça plenamente”.
A nota leva a assinatura do Cardeal Raymundo Damasceno de Assis, presidente da CNBB, do vice-presidente, Dom José Belisário da Silva e do secretário-geral da entidade, Dom Leonardo Ulrich Steiner.

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